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{{Infobox país|nome=República Federativa do Brasil|nome_nativo=Brasil; Pindorama|imagem_bandeira=Flag of Brazil.svg|imagem_brasão=Coat of arms of Brazil.svg|capital=Brasília, Distrito Federal|maior_cidade=São Paulo, São Paulo|modo_de_produção=Capitalista dependente|governo_tipo=Presidencialismo; Democracia burguesa|cargo_título1=Presidente|cargo_titular1=Luiz Inácio Lula da Silva|cargo_título2=Vice-presidente|cargo_titular2=Geraldo Alckmin|cargo_título3=Presidente da Câmara dos Deputados|cargo_titular3=Arthur Lira (até 1 fev 2023)|imagem_mapa=Brazil (ortographic projection).svg|mapa_tamanho=220px|idiomas_oficiais=Português|cargo_título4=Presidente do Senado Federal|cargo_titular4=Rodrigo Pacheco (até 1 fev 2023)|cargo_título5=Presidente do Supremo Tribunal Federal|cargo_titular5=Rosa Weber}} | |||
A '''República Federativa do Brasil''' é um país [[Capitalismo|capitalista]] [[Dependência|dependente]] [[América Latina|latino-americano]]. É o maior país em população, extensão territorial e PIB da região. Sua língua oficial é o Português, devido a sua brutal colonização por [[Portugal]], realizada entre 1532 e 1822. | A '''República Federativa do Brasil''' é um país [[Capitalismo|capitalista]] [[Dependência|dependente]] [[América Latina|latino-americano]]. É o maior país em população, extensão territorial e PIB da região. Sua língua oficial é o Português, devido a sua brutal colonização por [[Portugal]], realizada entre 1532 e 1822. | ||
{{ | == História == | ||
=== Período pré-colonial === | |||
Antes da chegada dos colonizadores, a população estimada era de 2 a 6 milhões de nativos.<ref>{{Referência|author=Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira|year=2018|title=História do Brasil colonial|page=11-12|quote=Estima-se que a população indígena no Brasil pré-cabralino estivesse calculada em torno de 2 milhões e meio de habitantes (reduzida para cerca de 200 mil índios nos dias atuais) divididos em cerca de 218 etnias diferentes. Não é possível precisar esses números devido a diversos fatores, dentre eles a dispersão de muitos desses indígenas no período colonial, a morte de muitos nativos no contato com o homem branco e a quantidade esparsa de documentação. Dentre os estudos existentes, alguns apontam para uma população de cerca de 6,8 milhões de aborígenes, enquanto outros mensuram uma parca população de apenas 800 mil indígenas por todo o território (CUNHA, 2012, p. 16).|pdf=http://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/201801/INTERATIVAS_2_0/HISTORIA_DO_BRASIL_COLONIAL/U1/LIVRO_UNICO.pdf}}</ref> Os principais grupos de povos que compunham a população eram os tupi-guarani e tapuias. Apesar de serem comumente agrupados assim, esses povos não eram homogêneos, como os tupi, por exemplo, que incluíam os goitacases, aimorés e os tremembés, dentre outros.<ref>{{Referência|author=Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira|year=2018|title=História do Brasil colonial|page=14|quote=[...] não havia um povo tupi. Eles eram diversos, por exemplo, goitacases, que ocupavam territórios próximos à foz do Rio da Paraíba; aimorés, encontrados no sul da Bahia e norte do Espírito Santo; e os tremembés, vivendo na faixa entre o Ceará e o Maranhão (FAUSTO, 1995, p. 37).|pdf=http://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/201801/INTERATIVAS_2_0/HISTORIA_DO_BRASIL_COLONIAL/U1/LIVRO_UNICO.pdf}}</ref> | |||
Eram povos caçadores-coletores, tendo alguns grupos desenvolvido agricultura, produzindo feijão, milho, abóbora e, principalmente, a mandioca. Em alguns povos, havia divisão trabalho baseado em sexo e idade.<ref>{{Referência|author=Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira|year=2018|title=História do Brasil colonial|page=14|quote=A divisão do trabalho nas sociedades tupis obedecia a critérios de sexo e idade. As mulheres ocupavam-se de trabalhos agrícolas, atividades de coletas, colaboravam nas pescarias, transportavam os produtos das caçadas, fabricavam alimentos como a farinha, preparavam raízes e o milho para a produção do cauim (bebida alcóolica produzida por meio da fermentação da mandioca ou do milho), fabricavam azeite, fiavam algodão, teciam as redes, produziam as peças de cerâmica utilizada na armazenagem dos alimentos, trançavam os cestos, cuidavam das pinturas e preparos para os rituais e cerimoniais. Os homens ocupavam-se da derrubada de árvores e preparação da terra para o plantio, caça, pesca, fabrico de canoas, arcos, flechas, adornos, lenha, construção das habitações, protegiam as aldeias, expedições guerreiras e sacrifício de inimigos. As atividades dos xamãs estavam também a cargo dos homens, embora haja estudos que apontem a participação de mulheres em tais práticas. Alguns desses grupos nativos da terra se especializaram no plantio de feijão, milho, abóbora e, principalmente, a mandioca, produtos desenvolvidos pela agricultura indígena.|pdf=http://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/201801/INTERATIVAS_2_0/HISTORIA_DO_BRASIL_COLONIAL/U1/LIVRO_UNICO.pdf}}</ref> | |||
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[...] | |||
Afirmamos que um modo de produção escravista foi dominante no Brasil, a partir de meados do século XVI. Passemos agora à segunda parte da resposta: tal modo de produção escravista não foi o modo de produção escravista da Antiguidade, e sim um modo de produção escravista moderno.|city=São Paulo|publisher=Paz e Terra|lg=http://libgen.rs/book/index.php?md5=B13B90E0788F5CF9B7B2D9D00E0FD756}}</ref> integrados nos mercados mundiais capitalistas nascentes. Devido ao início da escravidão negra e a exploração dos territórios ocupados por nativos, começou um processo de resistência a ocupação, com destaque a luta de Sepé Tiaraju na região das missões,<ref>{{Referência web|author=Roberto Liebgott|newspaper=Brasil de Fato|title=Quem é Sepé Tiaraju, o líder Guarani assassinado por invasores espanhóis e portugueses|date=2023-02-07|url=https://www.brasildefato.com.br/2023/02/07/quem-e-sepe-tiaraju-o-lider-guarani-assassinado-por-invasores-espanhois-e-portugueses|retrieved=10 de Abril de 2023}}</ref> e de Zumbi e Dandara no Quilombo de Palmares. | |||
=== Período imperial (1822–1889) === | |||
Durante o período imperial, a escravidão era uma instituição estabelecida e legalmente sancionada no Brasil, e os escravos não tinham nenhum poder legal ou político para lutar por seus direitos. Mesmo assim, os escravos organizavam fugas ou rebeliões contra seus senhores. | |||
==== Expectativa de vida dos escravos ==== | |||
Os escravos no Brasil durante o período imperial tinham uma expectativa de vida de apenas 23 anos, vivendo em condições de vida extremamente precárias, tratados como propriedade de seus donos, sem liberdade ou direitos legais. Os escravos eram obrigados a trabalhar longas horas em condições desumanas, muitas vezes em trabalhos físicos pesados e perigosos. | |||
=== Primeira República (1889–1930) === | |||
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca depôs o Imperador Pedro II e declarou o Brasil uma república. | |||
== Referências == | |||
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Edição atual tal como às 10h57min de 24 de abril de 2024
A República Federativa do Brasil é um país capitalista dependente latino-americano. É o maior país em população, extensão territorial e PIB da região. Sua língua oficial é o Português, devido a sua brutal colonização por Portugal, realizada entre 1532 e 1822.
História[editar | editar código-fonte]
Período pré-colonial[editar | editar código-fonte]
Antes da chegada dos colonizadores, a população estimada era de 2 a 6 milhões de nativos.[1] Os principais grupos de povos que compunham a população eram os tupi-guarani e tapuias. Apesar de serem comumente agrupados assim, esses povos não eram homogêneos, como os tupi, por exemplo, que incluíam os goitacases, aimorés e os tremembés, dentre outros.[2]
Eram povos caçadores-coletores, tendo alguns grupos desenvolvido agricultura, produzindo feijão, milho, abóbora e, principalmente, a mandioca. Em alguns povos, havia divisão trabalho baseado em sexo e idade.[3]
Período colonial (1500–1822)[editar | editar código-fonte]
Do século 16 ao 19, o Brasil desenvolveu um modo de produção escravista moderno,[4] integrados nos mercados mundiais capitalistas nascentes. Devido ao início da escravidão negra e a exploração dos territórios ocupados por nativos, começou um processo de resistência a ocupação, com destaque a luta de Sepé Tiaraju na região das missões,[5] e de Zumbi e Dandara no Quilombo de Palmares.
Período imperial (1822–1889)[editar | editar código-fonte]
Durante o período imperial, a escravidão era uma instituição estabelecida e legalmente sancionada no Brasil, e os escravos não tinham nenhum poder legal ou político para lutar por seus direitos. Mesmo assim, os escravos organizavam fugas ou rebeliões contra seus senhores.
Expectativa de vida dos escravos[editar | editar código-fonte]
Os escravos no Brasil durante o período imperial tinham uma expectativa de vida de apenas 23 anos, vivendo em condições de vida extremamente precárias, tratados como propriedade de seus donos, sem liberdade ou direitos legais. Os escravos eram obrigados a trabalhar longas horas em condições desumanas, muitas vezes em trabalhos físicos pesados e perigosos.
Primeira República (1889–1930)[editar | editar código-fonte]
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca depôs o Imperador Pedro II e declarou o Brasil uma república.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ “Estima-se que a população indígena no Brasil pré-cabralino estivesse calculada em torno de 2 milhões e meio de habitantes (reduzida para cerca de 200 mil índios nos dias atuais) divididos em cerca de 218 etnias diferentes. Não é possível precisar esses números devido a diversos fatores, dentre eles a dispersão de muitos desses indígenas no período colonial, a morte de muitos nativos no contato com o homem branco e a quantidade esparsa de documentação. Dentre os estudos existentes, alguns apontam para uma população de cerca de 6,8 milhões de aborígenes, enquanto outros mensuram uma parca população de apenas 800 mil indígenas por todo o território (CUNHA, 2012, p. 16).”
Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira (2018). História do Brasil colonial (pp. 11-12). [PDF] - ↑ “[...] não havia um povo tupi. Eles eram diversos, por exemplo, goitacases, que ocupavam territórios próximos à foz do Rio da Paraíba; aimorés, encontrados no sul da Bahia e norte do Espírito Santo; e os tremembés, vivendo na faixa entre o Ceará e o Maranhão (FAUSTO, 1995, p. 37).”
Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira (2018). História do Brasil colonial (p. 14). [PDF] - ↑ “A divisão do trabalho nas sociedades tupis obedecia a critérios de sexo e idade. As mulheres ocupavam-se de trabalhos agrícolas, atividades de coletas, colaboravam nas pescarias, transportavam os produtos das caçadas, fabricavam alimentos como a farinha, preparavam raízes e o milho para a produção do cauim (bebida alcóolica produzida por meio da fermentação da mandioca ou do milho), fabricavam azeite, fiavam algodão, teciam as redes, produziam as peças de cerâmica utilizada na armazenagem dos alimentos, trançavam os cestos, cuidavam das pinturas e preparos para os rituais e cerimoniais. Os homens ocupavam-se da derrubada de árvores e preparação da terra para o plantio, caça, pesca, fabrico de canoas, arcos, flechas, adornos, lenha, construção das habitações, protegiam as aldeias, expedições guerreiras e sacrifício de inimigos. As atividades dos xamãs estavam também a cargo dos homens, embora haja estudos que apontem a participação de mulheres em tais práticas. Alguns desses grupos nativos da terra se especializaram no plantio de feijão, milho, abóbora e, principalmente, a mandioca, produtos desenvolvidos pela agricultura indígena.”
Julho Zamariam, Leandro Cesar Leocádio, Danielle Manoel dos Santos Pereira (2018). História do Brasil colonial (p. 14). [PDF] - ↑ “[...] sim, pode-se afirmar que um modo de produção escravista foi dominante nessa formação social; ou por outra, que existiu no Brasil, a partir de meados do século XVI, uma formação social escravista.
[...]
Afirmamos que um modo de produção escravista foi dominante no Brasil, a partir de meados do século XVI. Passemos agora à segunda parte da resposta: tal modo de produção escravista não foi o modo de produção escravista da Antiguidade, e sim um modo de produção escravista moderno.”
Décio Saes (1985). A formação do Estado burguês no Brasil (1888–1891) (pp. 60 & 62). São Paulo: Paz e Terra. [LG] - ↑ Roberto Liebgott (2023-02-07). "Quem é Sepé Tiaraju, o líder Guarani assassinado por invasores espanhóis e portugueses" Brasil de Fato. Acessado 10 de Abril de 2023.