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O '''trotskismo'''' | O '''trotskismo''' (ou aportuguesado '''trotsquismo''') é uma corrente política dentro do movimento comunista internacional que se baseia nas ideias do revolucionário socialista [[Leon Trotsky]] que, entre outros pontos, priorizava o que ele chamava de'' [[revolução permanente]],'' em oposição ao [[Socialismo em um só país|''socialismo em um só país'']], proposta promovida principalmente por [[Stalin]], e que acabou vitoriosa nas disputas do [[Partido Comunista da União Soviética]] (PCUS).<ref>{{Referência|year=1938|title=História do Partido Comunista (Bolchevique) da URSS|chapter=O partido bolchevique durante o período de transição ao trabalho pacífico de restauração da economia nacional|quote=Em maio de 1924, celebrou-se o XIII Congresso do Partido. Assistiram a ele 748 delegados com direito de palavra e voto, representando 735.881 filiados. O enorme aumento do número de filiados ao Partido, em comparação com o do Congresso anterior, tem sua explicação nos 250.000 ingressos aproximadamente, da promoção leninista. Os delegados com palavra, porém sem voto, eram 416. | ||
<br><br>O Congresso condenou unanimemente a plataforma da oposição trotskista, definindo-a como um desvio pequeuo-burguês do marxismo, como uma revisão do leninismo e ratificou as resoluções votadas pela XIII Conferência do Partido "sobre a obra do desenvolvimento do Partido" e "Sobre os resultados da discussão".|mia=https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/historia/index.htm}}</ref> | |||
Após a morte de [[Vladimir Lênin|Lênin]], as discussões sobre qual rumo deveria ser tomado pelo Estado operário no avanço do socialismo se aprofundaram no XIII Congresso do PCUS: por um lado havia a tese trotskista da revolução permanente, que era a proposta de a guerra continuar expandindo a revolução com o objetivo de alcançar a república socialista mundial; e o socialismo em um só país, que focava em primeiro plano em reconstruir, desenvolver e fortalecer a economia socialista na União Soviética, pois o país tinha passado por anos de uma guerra destrutiva contra as forças [[Reacionário|reacionárias]] internas e externas e estava enfraquecido para defender-se contra as potências capitalistas. | |||
== Trotskismo no Brasil == | |||
Dentre os partidos e organizações políticas relevantes no Brasil que reivindicam o trotskismo, tem-se o [[Partido da Causa Operária|PCO]], [[Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado|PSTU]] e [[Partido Operário Revolucionário Trotskista|POR-T]] (extinto em 1990). Há também partidos e políticos pequeno-burgueses e identitários que se dizem trotskistas, sem nem seguir o marxismo ou quaisquer posições de Trótski, o que contribuiu para uma confusão, entre o público mais leigo e despolitizado (incluindo dentro da própria esquerda), que associa trotskismo a movimentos identitários, que nada tem a ver com as suas posições políticas, que são autenticamente revolucionárias e frequentemente taxadas de "extremistas" ou de "marxismo ortodoxo" pelo discurso da esquerda classe média academicista e [[Reformismo|reformista]]. | |||
==Referências== | |||
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Edição atual tal como às 17h14min de 3 de março de 2023
O trotskismo (ou aportuguesado trotsquismo) é uma corrente política dentro do movimento comunista internacional que se baseia nas ideias do revolucionário socialista Leon Trotsky que, entre outros pontos, priorizava o que ele chamava de revolução permanente, em oposição ao socialismo em um só país, proposta promovida principalmente por Stalin, e que acabou vitoriosa nas disputas do Partido Comunista da União Soviética (PCUS).[1]
Após a morte de Lênin, as discussões sobre qual rumo deveria ser tomado pelo Estado operário no avanço do socialismo se aprofundaram no XIII Congresso do PCUS: por um lado havia a tese trotskista da revolução permanente, que era a proposta de a guerra continuar expandindo a revolução com o objetivo de alcançar a república socialista mundial; e o socialismo em um só país, que focava em primeiro plano em reconstruir, desenvolver e fortalecer a economia socialista na União Soviética, pois o país tinha passado por anos de uma guerra destrutiva contra as forças reacionárias internas e externas e estava enfraquecido para defender-se contra as potências capitalistas.
Trotskismo no Brasil[editar | editar código-fonte]
Dentre os partidos e organizações políticas relevantes no Brasil que reivindicam o trotskismo, tem-se o PCO, PSTU e POR-T (extinto em 1990). Há também partidos e políticos pequeno-burgueses e identitários que se dizem trotskistas, sem nem seguir o marxismo ou quaisquer posições de Trótski, o que contribuiu para uma confusão, entre o público mais leigo e despolitizado (incluindo dentro da própria esquerda), que associa trotskismo a movimentos identitários, que nada tem a ver com as suas posições políticas, que são autenticamente revolucionárias e frequentemente taxadas de "extremistas" ou de "marxismo ortodoxo" pelo discurso da esquerda classe média academicista e reformista.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ “Em maio de 1924, celebrou-se o XIII Congresso do Partido. Assistiram a ele 748 delegados com direito de palavra e voto, representando 735.881 filiados. O enorme aumento do número de filiados ao Partido, em comparação com o do Congresso anterior, tem sua explicação nos 250.000 ingressos aproximadamente, da promoção leninista. Os delegados com palavra, porém sem voto, eram 416.
O Congresso condenou unanimemente a plataforma da oposição trotskista, definindo-a como um desvio pequeuo-burguês do marxismo, como uma revisão do leninismo e ratificou as resoluções votadas pela XIII Conferência do Partido "sobre a obra do desenvolvimento do Partido" e "Sobre os resultados da discussão".”
História do Partido Comunista (Bolchevique) da URSS: 'O partido bolchevique durante o período de transição ao trabalho pacífico de restauração da economia nacional' (1938). [MIA]