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Zuleide Faria de Melo

Da ProleWiki, a enciclopédia proletária
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Zuleide Faria de Melo (6 de janeiro de 1932 —) é uma militante do Partido Comunista Brasileiro e professora universitária da UFRJ.

Natural de Limoeiro, Alagoas, Zuleide foi, ainda jovem, para o Rio de Janeiro. Começou a trabalhar, em 1965, na Editora Civilização Brasileira, dedicando-se a edição, revisão e tradução de livros. Casou-se aos vinte anos e teve duas filhas.

Entrou oficialmente para o PCB no dia 25 de março de 1965, mas iniciou de fato sua militância logo após o golpe de 1964, quando, após agir para liberar da prisão seu primo Jurandir Bóia, diretor da UNE, abrigou em sua casa militantes perseguidos pela ditadura, desde membros das Ligas Camponesas a quadros comunistas como Jayme Miranda.

Nos anos 1970, ficou responsável por datilografar e imprimir textos e jornais do Partido, como o Voz Operária. Em 1974, juntamente com José Sales e Marly Vianna, membros do Comitê Central, participou da viagem de carro a São Paulo para levar para o Rio todo o acervo do Arquivo de Astrojildo Pereira, cuja documentação foi para a Itália em 1977, passando a compor o Archivio Sociale della Memoria Operaia Brasiliana.

Formada em Ciências Sociais pela antiga Universidade do Brasil (atual UFRJ), por conta da ditadura somente começou a lecionar a partir de 1979 no IFCS. No ano anterior havia entrado para o CEBRADE (Centro Brasil Democrático), entidade criada por Oscar Niemeyer para avançar a luta contra a ditadura.

Na década de 1980, ajudou a organizar a luta popular no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. E passou a se dedicar à causa internacionalista, ocupando cargos no Instituto Cultural Brasil-União Soviética, no CONDEPAZ (Conselho Brasileiro de Defesa da Paz) e na Associação Cultural José Marti, de solidariedade a Cuba, onde exerceu a presidência por muitos anos.

Zuleide entrou para o Comitê Central do PCB em 1987, no VIII Congresso. Fez parte do Movimento em Defesa do PCB, em 1992, cedendo sua casa para reunir o comando central da resistência à tentativa de liquidar o Partido. Depois ocupou a presidência do PCB, em sucessão a Horácio Macedo, até o ano de 2008.