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Iósif Vissariónovich Dzhugashvili (21 de dezembro de 1878 - 5 de março de 1953), mais conhecido como Joseph Stalin, foi um revolucionário georgiano, teórico marxista-leninista e um líder da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas democraticamente eleito, ocupando o cargo de secretário geral do comitê central do Partido Comunista da União Soviética de 3 de abril de 1922 até 16 de outubro de 1952. Ele ocupou um papel central nas atividades revolucionárias do partido bolchevique e serviu como dirigente da União Soviética durante o período da coletivização e da industrialização, que elevou a União Soviética ao status de superpotência no final dos anos 1930. Stalin possui tanto uma história quanto imagem pública complicada, frutos de décadas de propaganda anticomunista. Na historiografia ocidental, é considerado um ditador e autoritário, apesar de claras evidências contrárias, tendo em vista que até a CIA admitiu que houve liderança coletiva durante seu tempo no governo.
Pré-revolução
Primeiros anos
Iósif Vissariónovich Dzhugashvili nasceu no dia 21 de dezembro de 1878 em Gori, uma cidade do Império Russo, sendo filho de um artesão e futuro operário de uma fábrica de sapatos. Assim como seus pais, Stalin era georgiano, e cresceu falando a língua georgiana. Seu pais vieram de uma família de servos.
As atividades revolucionárias de Stalin podem ser vistas no seu tempo de estudante após 1894, quando ele se juntou ao Seminário Teológico Ortodoxo de Tiblissi. Em 1896 e 1897, Stalin foi membro de um grupo de estudos marxista no seminário e, em agosto de 1898, ele se juntou formalmente à filial de Tiblissi do Partido Operário Social Democrata Russo e começou a conduzir trabalhos de propaganda junto com operários nas oficinas ferroviárias de Tiblissi. Leitor ávido, leu O Capital e o Manifesto do Partido Comunista, ambos escritos por Karl Marx, subsequentemente tendo um profundo interesse no marxismo. Naquele tempo, tornou-se conhecido de alguns artigos de Lênin criticando os Narondiks, e os Marxistas Legais. Em 1899, Stálin foi expulso do seminário por conta dos trabalhos de propaganda marxista e virou um revolucionário profissional.
Atividades revolucionárias
Enquanto organizado no Cáucaso, Stalin expôs os mencheviques como reformistas liberais. Conheceu Lênin pessoalmente pela primeira vez em uma conferência bolchevique em Tampere, Finlândia, em 1905. Em 1912, o partido elegeu Stalin para o Comitê Central mesmo que estivesse em exílio. No mesmo ano, ajudou a fundar o jornal Pravda.
Após a Revolução de Fevereiro, Stalin retornou de seu exílio na Sibéria. Clamou pela queda do governo provisório e se opôs à imperialista Primeira Guerra Mundial. Em uma conferência partidária em abril de 1917, ele discutiu com Bukharin e Pyatakov, que não apoiavam os direitos de autodeterminação de nações. Em setembro, Stalin se opôs participando no Concelho Provisório burguês e clamou por revolução.
Em 29 de outubro de 1917, o Comitê Central elegeu Stálin como chefe do Partido Central para dirigir a Revolução de Outubro.
Pós-revolução
Guerra Civil
No verão de 1919, o Comitê Central mandou Stalin, Voroshilov, Orjonikidze e Budyonny para o fronte do Sul, onde ele organizou o ataque contra Anton Denikin. O Exército Vermelho derrotou Denikin em outubro de 1919 e libertou toda a Ucrânia no início de 1920.
Criação da URSS
Após a derrota dos intervencionistas e do fim da Guerra Civil, quando em conexão com a transição da construção de uma economia pacífica dos grupos antipartidários lançou-se uma luta contra a linha partidária desenvolvida por Lênin, Stálin defendeu a linha leninista e lutou contra grupos antipartidários e facções (Trotskistas). No X Congresso do Partido (1921), Stalin apresentou o "Relatório sobre as próximas tarefas do Partido na questão nacional". Após do XI Congresso do Partido (1922), o Plenário do Comitê Central do Partido elegeu Stalin como Secretário Geral do Comitê Central.
Sob a liderança de Lênin, o partido, durante esse período, carregou um extensivo trabalho na criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Lênin acreditava que a URSS devia ser uma união voluntária de repúblicas soberanas e iguais. Nessa questão, Stálin em um primeiro momento tomou uma posição errada, pondo à frente um projeto de "autonomização", ou seja, a entrada na RSFSR de outras repúblicas soviéticas sob os direitos de unidades autônomas. Lênin se opôs fortemente a essa ideia, criticou os erros de Stalin ao conduzir a política nacional e sua inclinação ao chauvinismo russo. Os princípios Leninistas foram aceitos pelo Comitê Central e formaram a base da URSS. O informe sobre a formação da URSS (1922) foi feito no primeiro Congresso dos Sovietes da URSS por ordem do Comitê Central do RCP por Stalin, tendo em vista o precário estado de saúde de Lênin.
Após a morte de Lênin, o Partido Comunista, sob liderança do Comitê Central, confidentemente liderou o povo soviético ao caminho da implementação dos preceitos de Lênin para a implementação do socialismo. Naquele tempo, Stalin fez muitos trabalhos que foram de grande importância na proteção e propaganda do leninismo e na derrota ideológica de correntes hostis ao leninismo. Sobre isso, um importante papel foi cumprido por Stalin no seu trabalho "Sobre os fundamentos do leninismo" (1924), que expôs alguns erros do leninismo e divulgou novas contribuições de Lênin ao marxismo. A defesta de Stalin, junto com outros líderes do Partido, da teoria leninista da possibilidade de vitória do socialismo em um só país e a possibilidade de vitória do socialismo na URSS no cerco capitalista foi de particular importância na luta contra os trotskistas.