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Camarada:Prolegomenos

2 ediçõesRegistou-se a 26 de junho de 2023
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1. Vi um post no Lemmy

2. Me considero Marxista, mas ainda não refinei minha visão além disso. Certamente tenho simpatia pelo marxismo-leninismo, mas não tenho suficiente educação revolucionária para entender se prefiro uma tendência maoísta, hoxhaista ou algo assim.

Sempre fui à esquerda. Eu era mais radical na adolescência, com tendência a um posição revolucionária, por influência dos meus pais que foram militantes marxistas nos anos 70. Mas nunca fui adequadamente educado e passei por fases mais liberais ao longo da vida adulta. Desde 2016 comecei um processo de radicalização, com o degringolar do golpe, lava-jato e depois governo Bolsonaro. Hoje me considero Marxista mas sou bastante iniciante nessa história.

3. São princípios razoáveis.

4. Talvez algumas pessoas discordem se a China é ou não socialista. Minha opinião é que só o tempo vai dizer e eu sinceramente não tenho opinião formada. Mas acho que de qualquer forma é um processo que caminha de forma mais favorável aos trabalhadores do que qualquer país capitalista, com certeza. Eu não tenho acumulação suficiente para discutir isso.

5. A figura de Stalin foi altamente distorcida na história oficial do ocidente, ao ponto que para pessoas como eu é muito difícil separar o real da propaganda. O que eu posso dizer é que ele foi um líder que teve que fazer a URSS sobreviver a um período extremamente difícil. Obviamente ninguém é perfeito e pode ser que ao estudar mais eu encontre algumas decisões ou ações dele das quais eu discorde. Mas eu tenho consciência de que quase tudo que eu aprendi sobre ele ao longo da vida era propaganda e simplesmente mentira.

6. Eu acho que é bem óbvio que um Marxista deve ser contra qualquer tipo de opressão e deve estar pronto para defender qualquer comunidade oprimida. Eu mesmo sou bisexual e me considero parte da comunidade LGBTQ+.

Dito isso, também é importante reconhecer que sem o fim do capitalismo não existe o fim da opressão. Podemos obter vitórias parciais aqui e ali, e isso não é ruim. Mas é limitado e reversível, como a história recente do Brasil mostra.

Não sou a favor de subordinar lutas. Só quem sofre diariamente na carne sabe o quanto ela dói e o quanto mesmo um alívio temporário e limitado pode ser vital para a luta continuar. Então não acho que faz sentido dizer para alguém que está sendo vilipendiado e morto "não vamos dar atenção pra esse tema porque o importante é derrubar a burguesia". Pelo contrário. Sou a favor de integrar a luta LGBTQ, a luta feminina, a luta racial, etc, como parte integrante da luta contra a burguesia. Mas não pode se perder a perspectiva materialista dessas lutas. Não é só reproduzir a mesma luta feminina, LGBTQ, racial da esquerda liberal. É ir além. Muuuito além. E questionar a raiz dos problemas.