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Perguntas obrigatórias. 1. Um colega comunista me alertou da existência e após checar alguns artigos, gostei do projeto e me interessei em ajudá-lo diretamente. 2. No momento atual, sou marxista-leninista com ênfase na metodologia marxiana, o materialismo histórico. Antes da posição atual e no início da minha trajetória, era apolítico com tendências direitistas (por ter nascido no capitalismo, evidentemente). Eventualmente tornei-me social-democrata devido à influência familiar, que, em meu caso particular, sempre foi puxada à esquerda moderada e, por fim, tornei-me comunista quando comecei a entrar em contato com o comunismo na internet, mais especificamente por meio do Manifesto Comunista que li ocasionalmente ao navegar pelos artigos da USP sobre o tema; autoevidente, eles disponibilizam o Manifesto em seu formato digital por lá. 3. Já os havia lido antes da aplicação; a posição do site em relação às experiências socialistas é exatamente igual às minhas atuais e os princípios de postagem, especialmente aquele relacionado à transparência, parecem-me muito justos também. 4. Sim. Admito que tenho um foco filosófico, economista e muito técnico, mas jamais deixaria de dar à luta LGBT e a qualquer movimento social que se origina da opressão do capitalismo e se entrelaça ao seio do proletário sua devida importância. O marxista não só pode, mas deve apoiar os movimentos sociais e isso, claro, engloba a luta LGBT. 5. Ambos tiveram uma importância ímpar na construção do socialismo em seus respectivos países e, dadas as condições, na luta comunista em todo o mundo. Estatisticamente, tanto Mao quanto Stalin tiveram vitórias ao conduzir seus países com o auxílio dos camaradas do Partido; como exemplo, posso citar os trinta anos de expectativa de vida que a China sob Mao ganhou como presente e, no caso de Stalin, a industrialização excessiva da Rússia, a vitória sobre o nazi-fascismo e, em última instância, a preparação do terreno para a Corrida Espacial que eventualmente daria aos soviéticos, infelizmente sob o regime revisionista de Khruschev, a glória eterna de terem sido os primeiros no espaço, levando, inclusive, um proletário (Yuri Gagarin) como o primeiro homem à galáxia. 6. A minha experiência, como disse anteriormente, foca muito em ternos técnicos e, por isso, não tenho uma experiência exacerbada da historiografia socialista. Creio, no entanto, que Cuba e a Coreia Popular são, sim, socialistas, tanto pela sua economia como pelas posturas sociais admitidas, vide a educação, saúde, etc. públicos. No caso da China, parece-me uma tarefa difícil de dizer sem o devido e estudo, e quanto ao Vietnã e ao Laos, apesar de estar igualmente oblívio às suas conquistas, defino-os ao menos como "uma experiência que se origina de séculos de opressão capitalista e sofrimento causado pela propriedade privada dos meios de produção". Se suas economias e políticas cederam ao revisionismo posteriormente eu não sei, mas que em algum momento de suas histórias tiveram uma guinada rumo ao socialismo devido à opressão, isso com certeza.
Perguntas secundárias. 1. Uma metodologia filosófica desenvolvida por Karl Marx e que visa, em último grau, a inspeção da realidade sob uma lupa metódica e científica. Talvez sendo a característica mais importante dentre todas as que compõem o marxismo, a ponto de György Lukács, o maior filósofo marxista em ação desde Marx, colocá-la como "quintessência do marxismo; coluna vertebral da ortodoxia marxista", o materialismo histórico é o que nos faz, em grande parte, seguidores de Marx, porque por meio dele e dos desenvolvimentos de Marx nos tratados econômico-filosóficos, por exemplo, é que surgem as conclusões finais que eventualmente darão ao marxismo seu corpo, seja nos âmbitos econômicos, políticos ou sociais. O materialismo histórico, i.e., o método dialético por si só não foi devidamente desenvolvido por Marx; ele não teve tempo de fazê-lo, e, ainda, sua falta de tempo se evidencia quando mesmo sua magnum opus, O Capital, não pôde ser concluída. Ainda assim, dentre as muitas facetas dessa corrente metodológica, faz-se presente a necessidade de reafirmar o teor revolucionário, a ligação teoria-práxis que reveste o materialismo histórico tal como uma tartaruga protege-se em uma carapaça. Lukács, em seu livro História e Consciência de Classe, clássico do marxismo filosófico, expõe com preceitos retirados diretamente de Karl Marx que "é fundamental, ao leitor, estar ciente dos propósitos de Karl Marx, antes de entrar em contato com o seu corpo teórico-crítico multifacetado. Em sua 11ª tese ad Feuerbach, Marx (2007, p. 535) afirma, referente aos filósofos (pode-se supor que estaria, aqui, reportando-se aos jovens hegelianos), que eles "apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo"; para Karl Marx, a filosofia não deve ser tomada enquanto sendo um fim nela mesma, o saber pelo saber, mas deve ser um meio para possibilitar a libertação do homem, e que sobretudo "a emancipação é um ato histórico e não um ato de pensamento, e é ocasionada por condições históricas". Aos que compartilham de sua concepção, chamados materialistas práticos ou comunistas, "trata-se de revolucionar o mundo, [...] de transformar pratica mente o estado de coisas por ele encontrado". 2. Eu gostaria de contribuir principalmente para os artigos relativos à filosofia marxista, como as áreas da estética e a ontologia, que foi devidamente desenvolvida em trabalhos como "Prolegômenos para uma ontologia do ser social" e a Grande Ontologia em Lukács, por exemplo, ou mesmo n'A Ideologia Alemã, onde Marx estabelece os conceitos essenciais da sua metodologia. Ainda, tenho interesse em auxiliar nos artigos relativos à historiografia soviética - experiência na qual mais me servi historiograficamente - e semelhantes. 4. Li, sim. Tenho contato frequente com o feminismo desde que me propus, há algum tempo, a ler Wollstonecraft, que apesar de ser liberal (por ser uma inglesa da antiguidade, obviamente), foi uma proto-feminista dedicada à causa a ponto de escrever um livro inteiro argumentando em bases racionais a emancipação principalmente intelectual da mulher. Desde lá, transformei os direitos femininos em algo inerente à minha luta, e, daí, tira-se que minhas perspectivas são não só positivas, mas dão um teor necessário (no sentido lógico-modal) ao feminismo, ainda mais quando estamos em um sistema capitalista que tem, por essência, a tendência a menosprezar movimentos periféricos e sociais. 5. A abolição da família burguesa, sim, como diz Marx n'O Manifesto Comunista. A fim de abolir a família burguesa e suas relações, das quais surgem a mercadorização da família e dos parentes, é preciso única e exclusivamente extinguir, extirpar da sociedade aquilo que faz a burguesia ser o que é e ter a influência que tem: a propriedade privada dos meios de produção. Segue-se, daí, que nesta linha de raciocínio chegaremos à necessidade de transição ao socialismo. 7. Depende do movimento anticapitalista a ser inspecionado, mas, em essência, a ausência da metodologia marxiana nos demais movimentos, tanto porque é ela quem reveste as conclusões de Marx (que serão, no fim, o que nos distinguirá em partes de outros movimentos como o anarquismo, que, a saber, renega a ditadura do proletariado, como no livro Estadismo e Anarquia de Bakunin) como porque entre outros aspectos, tudo aquilo remete aos pressupostos filosóficos dos autores em questão.
Espero não ter deixado "longo demais", apesar de achar que a proposta era justamente fazer o aplicante escrever excessivamente sobre os pontos. Deixei a desejar com simplificações ocasionais, mas posso desenvolvê-las com um rigor literário muito maior em momento oportuno. No mais, é isso; e o trabalho da ProleWiki é ótimo na construção do socialismo. Parabéns.