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O '''Partido Comunista Brasileiro''' (PCB) é um partido político brasileiro que se define como um ''partido de militantes e quadros revolucionários formados na luta de classes, com inserção nas massas, e no estudo dos trabalhos de Karl Marx e Friedrich Engels.'' Sua base teórica para sua práxis é o [[Marxismo-Leninismo]], baseado nos princípios desenvolvidos por Vladimir Lenin.
 
Seu símbolo, de acordo com seus estatutos, "é a foice e martelo, cruzados, simbolizado a aliança operário-camponesa, sob o qual está escrito a legenda "Partido Comunista Brasileiro" Seu número eleitoral é 21. Em Outubro de 2020 o PCB tinha 12.754 ''filiados'' de acordo com a Tribunal Superior Eleitoral[https://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/filiados] , entretanto, a imensa maioria de seus ''militantes'' não são oficialmente registrados.
 
== História ==
 
=== Primeiros anos ===
Até a década de 1920, o movimento trabalhista no Brasil era basicamente liderado por anarquistas. Movimentos destacáveis, esporádicos nos anos iniciais da República, começaram a se tornar mais frequentes a partir do início do século XX, as vezes, chegando a ter alcances estaduais e até nacionais. A principal demanda dos movimentos eram pautados no aumento do salário mínimo, redução da carga horária de trabalho para 8 horas, regulação do trabalho de mulheres e crianças e estipulação do descanso semanal.
 
A Revolução Russa de 1917 despertou o interesse de anarquistas nas ideias de Karl Marx e Friederich Engels. Assim, em 1918, ex-militantes anarquistas simpáticos ao comunismo fundaram a Liga Comunista de Livramento, e no ano seguinte, o barbeiro libanês Abilio de Nequete fundou a União Maximalista. O termo "maximalista" era costumeiramente usado para se referir aos Bolcheviques naquele período.
 
Apesar da identificação inicial entre anarquistas e comunistas, discordâncias começaram a se intensificar. No Brasil, enquanto o grupo liderado por Astrojildo Pereira defendia e disseminava o programa da Internacional Comunista, parte do movimento anarcossindicalista lançavam violentos ataques sobre a III Internacional. O jornal ''A Plebe,'' por exemplo, que circulou por São Paulo até 1935, denunciava - em 1920 - o "terror bolchevique" na Rússia. E então, com o começo dos tiroteios contra anarquistas na União Soviética, a ruptura entre anarquistas e comunistas foi também consumada no Brasil
 
Um pequeno grupo liderado por Astrojildo Pereira, em 4 de Novembro de 1921, fundou do Grupo Comunista do Rio de Janeiro, o primeiro de uma série de núcleos comunistas a serem estabelecidos em outros estados.
 
O objetivo do Grupo Comunista era se tornar o "Partido Comunista do Brasil", depois de preencher as 21 condições necessárias para admissão na Internacional Comunista. Para serem aceitos, os partidos tinham que, fundamentalmente, adotar o nome de "comunistas", dissociar-se todas as posições reformistas e lutar pela derrubada revolucionária do capitalismo e pelo estabelecimento da ditadura do proletariado.[http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-brasileiro-pcb]
 
=== Dissolução do antigo partido e reconstrução do período (1992 - 2001) ===
Depois da queda da Ditadura Empresarial-Militar, um grupo liderado por Roberto Freire, que tinha a maioria da direção partidária no antigo PCB, declarou, em um movimento oportunista, a extinção do partido e a criação, em seu lugar, do Partido Popular Socialista (PPS).
 
O congresso, considerado controverso, acabou sendo reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Antigos membros classificaram a ação do grupo, ligado ao seu então presidente Roberto Freire, como um golpe e decidiram lançar um edital de fundação de um novo partido, que passaria a usar o nome da agora extinta associação: "Partido Comunista Brasileiro", mantendo a sigla PCB [https://web.archive.org/web/20180618230119/http://radiovox.org/2016/05/13/a-criacao-do-pps/].
 
=== O PCB hoje (2001 -) ===
Com a crescente disseminação da retórica reacionária no Brasil, todo o espectro da esquerda encara um novo desafio. Nos anos mais recentes, quando ficou claro que a direita ganharia facilmente a disputa política eleitoral, o PCB realizou seu 15º Congresso em São Paulo[https://pcb.org.br/portal2/6591/resolucoes-do-xv-congresso-do-pcb/] , no qual foi discutido a necessidade de construir uma frente anticapitalista e anti-imperialista, além de fazer um balanço e elaborar perspectivas do processo de reconstrução revolucionária do PCB. Essas perspectivas de alianças foram exemplificadas quando, em 2018, o PCB entrou em coligação com o PSOL (que já é por si mesmo uma união de menores tendências da esquerda) para as eleições de 2018 no Brasil.[https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/politica/2018/07/638519-psol-fecha-coligacao-com-pcb-e-define-candidatos-no-rio-grande-do-sul.html]
 
O PCB recentemente reforçou sua propaganda, investindo no seu atual jornal político, ''O Poder Popular,'' desde 2018. O PCB nunca teve como escopo um grande sucesso na corrida eleitoral, e ainda corre perigo de perder seu único vereador nas eleições municipais de 2020. Com o passar dos anos, seu foco se direcionava ao trabalho social e militante sob as comunidades desfavorecidas no país.[https://docs.google.com/file/d/0B9OkSrCIvhFlY3c2NDQyYW01a1BKa3FPZmVSczZrSDUtWHNF/edit]
 
== Congressos ==
 
=== I Congresso — 1922 ===
 
=== II Congresso — 1925 ===
 
=== III Congresso — 1929 ===
 
=== IV Congresso — 1954 ===
 
=== V Congresso — 1960 ===
 
=== VI Congresso — 1967 ===
 
=== VII Congresso — 1982 ===
 
=== VIII Congresso — 1987 ===
 
=== IX Congresso — 1991 ===
 
=== X Congresso — 1993 ===
 
=== XI Congresso — 1996 ===
 
=== XII Congresso — 2000 ===
 
=== XIII Congresso — 2005 ===
 
=== XIV Congresso — 2009 ===
 
=== XV Congresso — 2014 ===
 
== Referências ==
 
# [https://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/filiados TSE - Afiliados]
# http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-brasileiro-pcb
# A Criação do PPS ([https://web.archive.org/web/20180618230119/http://radiovox.org/2016/05/13/a-criacao-do-pps/ Cópia Arquivada])
# [https://pcb.org.br/portal2/6591/resolucoes-do-xv-congresso-do-pcb/ Resoluções do 15º Congresso Nacional do PCB]
# [https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/politica/2018/07/638519-psol-fecha-coligacao-com-pcb-e-define-candidatos-no-rio-grande-do-sul.html ANDRIOLA, Carolina. PSOL fecha coligação com PCB e define candidatos, Rio Grande do Sul. 16 de Julho, 2018]
# [15º Congresso Nacional] [https://docs.google.com/file/d/0B9OkSrCIvhFlY3c2NDQyYW01a1BKa3FPZmVSczZrSDUtWHNF/edit Reconstrução Revolucionária] (ponto 87)

Edição das 03h29min de 7 de dezembro de 2020

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) é um partido político brasileiro que se define como um partido de militantes e quadros revolucionários formados na luta de classes, com inserção nas massas, e no estudo dos trabalhos de Karl Marx e Friedrich Engels. Sua base teórica para sua práxis é o Marxismo-Leninismo, baseado nos princípios desenvolvidos por Vladimir Lenin.

Seu símbolo, de acordo com seus estatutos, "é a foice e martelo, cruzados, simbolizado a aliança operário-camponesa, sob o qual está escrito a legenda "Partido Comunista Brasileiro" Seu número eleitoral é 21. Em Outubro de 2020 o PCB tinha 12.754 filiados de acordo com a Tribunal Superior Eleitoral[1] , entretanto, a imensa maioria de seus militantes não são oficialmente registrados.

História

Primeiros anos

Até a década de 1920, o movimento trabalhista no Brasil era basicamente liderado por anarquistas. Movimentos destacáveis, esporádicos nos anos iniciais da República, começaram a se tornar mais frequentes a partir do início do século XX, as vezes, chegando a ter alcances estaduais e até nacionais. A principal demanda dos movimentos eram pautados no aumento do salário mínimo, redução da carga horária de trabalho para 8 horas, regulação do trabalho de mulheres e crianças e estipulação do descanso semanal.

A Revolução Russa de 1917 despertou o interesse de anarquistas nas ideias de Karl Marx e Friederich Engels. Assim, em 1918, ex-militantes anarquistas simpáticos ao comunismo fundaram a Liga Comunista de Livramento, e no ano seguinte, o barbeiro libanês Abilio de Nequete fundou a União Maximalista. O termo "maximalista" era costumeiramente usado para se referir aos Bolcheviques naquele período.

Apesar da identificação inicial entre anarquistas e comunistas, discordâncias começaram a se intensificar. No Brasil, enquanto o grupo liderado por Astrojildo Pereira defendia e disseminava o programa da Internacional Comunista, parte do movimento anarcossindicalista lançavam violentos ataques sobre a III Internacional. O jornal A Plebe, por exemplo, que circulou por São Paulo até 1935, denunciava - em 1920 - o "terror bolchevique" na Rússia. E então, com o começo dos tiroteios contra anarquistas na União Soviética, a ruptura entre anarquistas e comunistas foi também consumada no Brasil

Um pequeno grupo liderado por Astrojildo Pereira, em 4 de Novembro de 1921, fundou do Grupo Comunista do Rio de Janeiro, o primeiro de uma série de núcleos comunistas a serem estabelecidos em outros estados.

O objetivo do Grupo Comunista era se tornar o "Partido Comunista do Brasil", depois de preencher as 21 condições necessárias para admissão na Internacional Comunista. Para serem aceitos, os partidos tinham que, fundamentalmente, adotar o nome de "comunistas", dissociar-se todas as posições reformistas e lutar pela derrubada revolucionária do capitalismo e pelo estabelecimento da ditadura do proletariado.[2]

Dissolução do antigo partido e reconstrução do período (1992 - 2001)

Depois da queda da Ditadura Empresarial-Militar, um grupo liderado por Roberto Freire, que tinha a maioria da direção partidária no antigo PCB, declarou, em um movimento oportunista, a extinção do partido e a criação, em seu lugar, do Partido Popular Socialista (PPS).

O congresso, considerado controverso, acabou sendo reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Antigos membros classificaram a ação do grupo, ligado ao seu então presidente Roberto Freire, como um golpe e decidiram lançar um edital de fundação de um novo partido, que passaria a usar o nome da agora extinta associação: "Partido Comunista Brasileiro", mantendo a sigla PCB [3].

O PCB hoje (2001 -)

Com a crescente disseminação da retórica reacionária no Brasil, todo o espectro da esquerda encara um novo desafio. Nos anos mais recentes, quando ficou claro que a direita ganharia facilmente a disputa política eleitoral, o PCB realizou seu 15º Congresso em São Paulo[4] , no qual foi discutido a necessidade de construir uma frente anticapitalista e anti-imperialista, além de fazer um balanço e elaborar perspectivas do processo de reconstrução revolucionária do PCB. Essas perspectivas de alianças foram exemplificadas quando, em 2018, o PCB entrou em coligação com o PSOL (que já é por si mesmo uma união de menores tendências da esquerda) para as eleições de 2018 no Brasil.[5]

O PCB recentemente reforçou sua propaganda, investindo no seu atual jornal político, O Poder Popular, desde 2018. O PCB nunca teve como escopo um grande sucesso na corrida eleitoral, e ainda corre perigo de perder seu único vereador nas eleições municipais de 2020. Com o passar dos anos, seu foco se direcionava ao trabalho social e militante sob as comunidades desfavorecidas no país.[6]

Congressos

I Congresso — 1922

II Congresso — 1925

III Congresso — 1929

IV Congresso — 1954

V Congresso — 1960

VI Congresso — 1967

VII Congresso — 1982

VIII Congresso — 1987

IX Congresso — 1991

X Congresso — 1993

XI Congresso — 1996

XII Congresso — 2000

XIII Congresso — 2005

XIV Congresso — 2009

XV Congresso — 2014

Referências

  1. TSE - Afiliados
  2. http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-brasileiro-pcb
  3. A Criação do PPS (Cópia Arquivada)
  4. Resoluções do 15º Congresso Nacional do PCB
  5. ANDRIOLA, Carolina. PSOL fecha coligação com PCB e define candidatos, Rio Grande do Sul. 16 de Julho, 2018
  6. [15º Congresso Nacional] Reconstrução Revolucionária (ponto 87)