Partido Comunista Brasileiro: mudanças entre as edições

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Edição das 17h28min de 11 de novembro de 2022

Partido Comunista Brasileiro
AbreviaçãoPCB
Fundado em25 de Março de 1922
Jornal"O Poder Popular"
Think tankFundação Dinarco Reis
JuventudeUnião da Juventude Comunista
Ala negraColetivo Negro Minervino de Oliveira
Ala LGBTColetivo LGBT Comunista
Linha políticaMarxismo-leninismo

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) é um partido político brasileiro que se define como um partido de militantes e quadros revolucionários formados na luta de classes, com inserção nas massas, e no estudo dos trabalhos de Karl Marx e Friedrich Engels. Sua base teórica para sua práxis é o Marxismo-Leninismo, baseado nos princípios desenvolvidos por Vladimir Lenin.

Seu símbolo, de acordo com seus estatutos, "é a foice e martelo, cruzados, simbolizado a aliança operário-camponesa, sob o qual está escrito a legenda "Partido Comunista Brasileiro" Seu número eleitoral é 21. Em Outubro de 2020 o PCB tinha 12.754 filiados de acordo com a Tribunal Superior Eleitoral,[1] entretanto, a imensa maioria de seus militantes não são oficialmente registrados.

História

Primeiros anos

Até a década de 1920, o movimento trabalhista no Brasil era basicamente liderado por anarquistas. Movimentos destacáveis, esporádicos nos anos iniciais da República, começaram a se tornar mais frequentes a partir do início do século XX, as vezes, chegando a ter alcances estaduais e até nacionais. A principal demanda dos movimentos eram pautados no aumento do salário mínimo, redução da carga horária de trabalho para 8 horas, regulação do trabalho de mulheres e crianças e estipulação do descanso semanal.

A Revolução Russa de 1917 despertou o interesse de anarquistas nas ideias de Karl Marx e Friederich Engels. Assim, em 1918, ex-militantes anarquistas simpáticos ao comunismo fundaram a Liga Comunista de Livramento, e no ano seguinte, o barbeiro libanês Abilio de Nequete fundou a União Maximalista. O termo "maximalista" era costumeiramente usado para se referir aos Bolcheviques naquele período.

Apesar da identificação inicial entre anarquistas e comunistas, discordâncias começaram a se intensificar. No Brasil, enquanto o grupo liderado por Astrojildo Pereira defendia e disseminava o programa da Internacional Comunista, parte do movimento anarcossindicalista lançavam violentos ataques sobre a III Internacional. O jornal A Plebe, por exemplo, que circulou por São Paulo até 1935, denunciava - em 1920 - o "terror bolchevique" na Rússia. E então, com o começo dos tiroteios contra anarquistas na União Soviética, a ruptura entre anarquistas e comunistas foi também consumada no Brasil

Um pequeno grupo liderado por Astrojildo Pereira, em 4 de Novembro de 1921, fundou do Grupo Comunista do Rio de Janeiro, o primeiro de uma série de núcleos comunistas a serem estabelecidos em outros estados.

O objetivo do Grupo Comunista era se tornar o "Partido Comunista do Brasil", depois de preencher as 21 condições necessárias para admissão na Internacional Comunista. Para serem aceitos, os partidos tinham que, fundamentalmente, adotar o nome de "comunistas", dissociar-se todas as posições reformistas e lutar pela derrubada revolucionária do capitalismo e pelo estabelecimento da ditadura do proletariado. [2]

Dissolução do antigo partido e reconstrução do período (1992 - 2001)

Depois da queda da Ditadura Empresarial-Militar, um grupo liderado por Roberto Freire, que tinha a maioria da direção partidária no antigo PCB, declarou, em um movimento oportunista, a extinção do partido e a criação, em seu lugar, do Partido Popular Socialista (PPS).

O congresso, considerado controverso, acabou sendo reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Antigos membros classificaram a ação do grupo, ligado ao seu então presidente Roberto Freire, como um golpe e decidiram lançar um edital de fundação de um novo partido, que passaria a usar o nome da agora extinta associação: "Partido Comunista Brasileiro", mantendo a sigla PCB.[3].

O PCB hoje (2001 -)

Com a crescente disseminação da retórica reacionária no Brasil, todo o espectro da esquerda encara um novo desafio. Nos anos mais recentes, quando ficou claro que a direita ganharia facilmente a disputa política eleitoral, o PCB realizou seu 15º Congresso em São Paulo[4], no qual foi discutido a necessidade de construir uma frente anticapitalista e anti-imperialista, além de fazer um balanço e elaborar perspectivas do processo de reconstrução revolucionária do PCB. Essas perspectivas de alianças foram exemplificadas quando, em 2018, o PCB entrou em coligação com o PSOL (que já é por si mesmo uma união de menores tendências da esquerda) para as eleições de 2018 no Brasil.[5]

O PCB recentemente reforçou sua propaganda, investindo no seu atual jornal político, O Poder Popular, desde 2018. O PCB nunca teve como escopo um grande sucesso na corrida eleitoral, e ainda corre perigo de perder seu único vereador nas eleições municipais de 2020. Com o passar dos anos, seu foco se direcionava ao trabalho social e militante sob as comunidades desfavorecidas no país.[6]

Congressos

I Congresso — 1922

II Congresso — 1925

III Congresso — 1929

IV Congresso — 1954

V Congresso — 1960

VI Congresso — 1967

VII Congresso — 1982

VIII Congresso — 1987

IX Congresso — 1991

X Congresso — 1993

XI Congresso — 1996

XII Congresso — 2000

XIII Congresso — 2005

XIV Congresso — 2009

XV Congresso — 2014

Referências

  1. https://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/filiados
  2. http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-brasileiro-pcb
  3. A criação do PPS (Cópia Arquivada)
  4. Resoluções do 15º Congresso Nacional do PCB.
  5. ANDRIOLA, Carolina. PSOL formaliza aliança com PCB. Jornal do Comércio, Rio Grande do Sul. 16 de Julho de 2018 (Link Externo)
  6. [15º Congresso Nacional] Revolutionary Reconstruction (Ponto 87)