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Ensaio:O esquerdismo moderno: mudanças entre as edições

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As diferenças qualitativas entre a prática dos [[Estado proletário|estados proletários]] e dos [[Estado burguês|estados burgueses]] é notória, especialmente ao lidar com a recente pandemia. O estado burguês, em todo o processo de defesa dos países proletários do vírus, atacou essas nações com sua propaganda, chamando-as de "autoritárias" e "anti-democráticas" ao descrever a firmeza de sua organização ao lidar com a pandemia.
As diferenças qualitativas entre a prática dos [[Estado proletário|estados proletários]] e dos [[Estado burguês|estados burgueses]] é notória, especialmente ao lidar com a recente pandemia. O estado burguês, em todo o processo de defesa dos países proletários do vírus, atacou essas nações com sua propaganda, chamando-as de "autoritárias" e "anti-democráticas" ao descrever a firmeza de sua organização ao lidar com a pandemia.


Não é difícil entender porque a burguesia se opõe à China, ao Vietnã, e os outros estados socialistas. Difícil é entender porque você, esquerdista pode ser contra as nações que constroem historicamente o sistema que você diz defender.
Não é difícil entender porque a burguesia se opõe à China, ao Vietnã, e os outros estados socialistas. Difícil é entender porque nossos queridos esquerdistas podem ser contra as nações que constroem historicamente o sistema que dizem defender.


Na verdade, esse é o poder da [[Ideologia|ideologia]]: talvez nem mesmo você saiba porque você insiste nessa perspectiva política.
Na verdade, esse é o poder da [[ideologia]]: talvez nem mesmo esses esquerdistas saibam porque insistem nessa perspectiva política.

Edição das 18h32min de 8 de dezembro de 2020

Para se conhecer o caminho para qual ocorrerá toda mudança, é preciso conhecer sua história. É preciso primeiro estar ciente de suas transformações qualitativas, antes de conhecer suas determinações objetivas.

Um exemplo simples; a água que se aquece e vaporiza tem a mesma qualidade da água em seu estado líquido? Essas têm a mesma qualidade do gelo que se tira do congelador? Todos os exemplos são água, mas em estados diferentes da matéria.

Nós conhecemos as determinações específicas para a mudança desses estados: a temperatura. Grande parte dos países do mundo utilizam uma escala que se baseia nas temperaturas em que a água muda de estado em condições determinadas: a escala celsius.

Ou seja, nosso conhecimento humano acumulado nos permite conhecer a matéria, conhecer a realidade e suas determinações, com cada vez maior profundidade, conforme avançamos nosso conhecimento e tecnologia.

E já é do conhecimento humano que a evolução da nossa sociedade tem condições materiais determinadas historicamente, e que não só somos capazes de conhecer essas determinações, como de fato já a conhecemos: a luta de classes.

E se uma pessoa duvida do caráter de classe do estado chinês, seu caráter de classe proletário, vamos lembrá-los da gritante diferença entre o estado qualitativo de uma sociedade socialista e um estado burguês:

  • Aqui no Brasil, temos previsão de passar dos 200 mil mortos, já que os atuais 177 mil mortos oficiais (diga-se: subnotificados) não indicam sinais de que vão parar de subir. Infectados, temos 6,63 milhões de casos positivos notificados.
  • Na China, com uma população cinco a seis vezes maior que a nossa, houveram 86.640 casos e 4.634 mortos.
  • Os EUA, um declarado estado burguês, teve 15 milhões de casos positivos notificados com uma população de 328 milhões, ou seja, em torno de 4% (sem considerar a ineficiência das testagens...) de sua população se infectou com coronavirus, além de contar com quase 300 mil mortos, 0,1% de sua população morta por covid.
  • Quando se compara com a China, que tem 1 bilhão e 440 milhões de pessoas e 4 mil mortos confirmados e 86 mil infectados, tratados em hospitais geridos pelo governo, isso equivale a apenas 0.0002% de sua população morta por covid, 0.006% de infectados.

Isso não é um fenômeno isolado do estado chinês. De fato, isso é um fenômeno de todos os estados que se reinvidicam socialistas: a China, Cuba, Coreia Popular, Laos e Vietnã. Dentre esses, a China nem foi a melhor nação, mas foi a que primeiro detectou o vírus no mundo.

Quando os maoistas, os trotskyistas, anarquistas, liberais, ou, enfim, os esquerdistas infantis chamam essas experiências socialistas de "capitalismo de estado", estão, sem perceber, elogiando o sistema capitalista! Mas que fique bem claro, não é à toa que logo essas nações tiveram um desempenho inigualável no combate ao covid: todas elas são ditaduras do proletariado, que se reinvidicam como tal, e que reinvidicam seus sistemas como socialistas. Quanta coincidência, não?

Hoje vive uma observação feita por Prestes no fim dos anos 80: “O mal do intelectual brasileiro é esse, é que ele idealiza um socialismo, um socialismo tirado da cachola dele...e como esse socialismo não coincide com o socialismo real, ele então combate o socialismo real”

O que Prestes não disse era que isso não é um fenômeno recente, o esquerdismo existe existe desde que se foi descoberto as leis objetivas da economia, desde que os socialistas científicos demonstraram sua melhor apreensão teórica sobre os socialistas utópicos.

Também me remete a essa frase de Marx: “Toda ciência seria supérflua se houvesse coincidência imediata entre a aparência e a essência das coisas”

Para os esquerdistas, é óbvio que a China é uma economia capitalista, já que é uma economia de mercado. E nessa análise, esquecem que o sistema político chinês é completamente diferente de qualquer outro sistema político onde quem reina é a burguesia. Cuba, Vietnã, Coreia Popular e Laos também têm sistemas políticos completamente diferentes do sistema burguês-liberal.

São nações que desafiam a propriedade privada como modelo único para uma economia, pois cultivam outras relações de produção em diferentes setores de sua economia.

As diferenças qualitativas entre a prática dos estados proletários e dos estados burgueses é notória, especialmente ao lidar com a recente pandemia. O estado burguês, em todo o processo de defesa dos países proletários do vírus, atacou essas nações com sua propaganda, chamando-as de "autoritárias" e "anti-democráticas" ao descrever a firmeza de sua organização ao lidar com a pandemia.

Não é difícil entender porque a burguesia se opõe à China, ao Vietnã, e os outros estados socialistas. Difícil é entender porque nossos queridos esquerdistas podem ser contra as nações que constroem historicamente o sistema que dizem defender.

Na verdade, esse é o poder da ideologia: talvez nem mesmo esses esquerdistas saibam porque insistem nessa perspectiva política.