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A República Popular Democrática da Coréia (RPDC) , também conhecida como Coreia Popular, e incorretamente chamada de Coreia do Norte pela mídia burguesa, é um país localizado no leste asiático. A Coreia historicamente é uma nação unificada, porém a parte sul do país vem sendo ocupada pelo governo da República da Coreia, um Estado anticomunista apoiado pelos Estados Unidos da América. A capital da RPDC é Pyongyang.
A RPDC é liderada pelo Partido do Trabalho da Coreia (PTC) e pela Frente Democrática para a Reunificação da Coreia. Segundo sua constituição, a RPDC é um "Estado socialista independente" guiado pela Ideia Juche, uma derivação do marxismo-leninismo criada por Kim Il Sung e posteriormente desenvolvida por Kim Jong Il. [1]
História[editar | editar código-fonte]
Divisão da Coreia[editar | editar código-fonte]
Seguindo a derrota do Império Japonês e o fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão perdeu controle sobre suas colônias, incluindo o que anteriormente era posse do Império Coreano. Como resultado das negociações entre a União Soviética e os Estados Unidos, a Coreia foi dividida em zonas de ocupação ao longo do Paralelo 38. Apesar das tentativas de estabelecer um governo unificado, o movimento foi criminalizado pelas forças estadunidenses.
Na região norte, os Soviéticos permitiram a criação de um governo independente, funcionando com um sistema de comitês populares e desenvolvendo um governo provisório. O novo governo redistribuiu as terras das velhas oligarquias coreanas, descendentes da nobreza surgida na Dinastia Joseon, e dos senhores de terra japoneses para o campesinato, nacionalizou grandes companhias, reduziu a jornada de trabalho para oito horas diárias (sete para trabalhos de risco), baniu o trabalho infantil, estabeleceu um sistema de seguridade social e férias pagas, e impôs a igualdade de gênero. Os líderes da resistência coreana concordaram em fazer Kim Il Sung o novo líder da Coreia, e se tornou presidente do governo provisório em 8 de fevereiro de 1946.
Fundação da RPDC[editar | editar código-fonte]
A República Popular Democrática da Coreia foi fundada em 9 de setembro de 1948, em resposta a fundação da República da Coreia em 15 de agosto do mesmo ano. Logo que estabelecida, pediu a retirada total das tropas internacionais na península. A URSS, que ja vinha retirando as tropas desde 1946, terminou a retirada em 25 de setembro de 1948, por outro lado, os EUA não retiraram suas tropas do sul até os dias de hoje. O governo da República da Coreia teve como primeiro presidente Syngman Rhee, um coreano que viveu exilado no Havaí e cujo governo foi caracterizado pela corrupção, autoritarismo e falta de soberania. O governo de ocupação coreano era hostil ao socialismo e à RPDC. Apesar das acusações da mídia ocidental da Coreia Popular ter iniciado a Guerra de Libertação da Pátria (comumente chamada de Guerra da Coreia), inúmeros atos de violência foram perpetrados pelo governo ilegítimo do sul no período anterior ao início da guerra—nomeadamente o Massacre de Jeju, que visou acabar com comunistas e progressistas na ilha. Dentre as vítimas dos diversos massacres e perseguições houve um grande número de civis, muitos dos quais não eram afiliados ao Partido do Trabalho da Coreia do Sul ou ao comunismo. Grupos paramilitares da República da Coreia atravessaram ilegalmente a fronteira para a RPDC em diversas ocasiões.
Guerra de Libertação da Pátria[editar | editar código-fonte]
Durante a Guerra de Libertação da Pátria, que teve seu início em 25 de junho de 1950, as forças da RPDC quase conseguiram expulsar os exércitos de ocupação da península, mantendo as tropas presas em um bolsão ao redor da cidade portuária de Busan. Ao se verem encurralados, e aproveitando o boicote soviético ao Conselho de Segurança da ONU, os governos imperialistas, liderados pelos EUA, aprovaram uma resolução autorizando a intervenção militar no país. Com a união dos exécitos imperialistas de todo o mundo, o Exército Popular da Coreia (EPC) foi empurrado até a fronteira com a recém formada República Popular da China (RPC), que haviam acabado de expulsar as forças reacionárias do Kuomintang do continente. Dessa maneira, em 18 de outubro de 1950, as forças chinesas entraram na coreia para auxiliar o governo de Kim Il Sung e conseguiram empurrar as forças ocidentais para a região do paralelo 38. A maior parte dos combates seguintes ocorreram nessa região, com apenas algumas pequenas mudanças fronteiriças. Tecnicamente, a RPDC ainda se mantém em guerra com o governo ilegítimo do sul, já que nenhum acordo de paz foi realizado, apenas um cessar-fogo. Virtualmente todas as cidades na RPDC foram severamente danificadas, com centenas de milhares de civis mortos pelos bombardeios estadunidenses. Em 1952, a força aérea dos EUA reportou ter parado os bombardeios por falta de alvos. Foram jogadas 635.000 toneladas de bombas na península, em sua maioria n norte, incluindo 32.500 toneladas de napalm. Até os dias de hoje cidadãos da RPDC tem de tomar cuidado com bombas não detonadas, com áreas inteiras sendo evacuadas para a retirada de tais explosivos. Para além da destruição física causada, os EUA começaram a sancionar a RPDC logo no inicio da guerra, começando com o presidente estadunidense Harry S. Truman ordenando um bloqueio naval à costa coreana e um embargo total ao comércio da Coreia Popular em junho de 1950. Isso foi seguido pelo "Trading with the Enemy Act" (Ato da negociação com o inimigo, em tradução livre) em 1950, que acabou com todo o contato econômico entre os dois países.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ Artigos 1 e 3 da Constituição da RPDC