Burguesia

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Revisão de 12h49min de 29 de abril de 2024 por GustavoRandom5707 (discussão | contribs) (Inseri dois parágrafos sobre as subdivisões das classes Burguesa e Proletária. Como acréscimo sugiro a discussão sobre o último parágrafo do texto, pois não podemos fazer julgamentos morais sobre os papéis da classe dominante no capitalismo, para isso devemos ter em mente que a classe dominante não pode ser convencida através do diálogo para abandonar sua posição de privilégio. Conto com a colaboração dos camaradas para a edição posterior deste trecho.)

Burguesia é a classe dominante na sociedade capitalista, a classe dos donos dos meios de produção (fábricas, fazendas, mineradoras, grandes empresas etc.). O burguês não trabalha, mas se apossa de parte da produção (lucro) produzida pelos trabalhadores e concentra para si a riqueza, pagando-lhes um valor menor do que realmente deveriam receber. Este excedente da produção não pago ao trabalhador e apossado pelo burguês é o que Karl Marx chamou de mais-valia. Uma característica essencial da burguesia é que ela não trabalha (não faz parte de nenhuma atividade produtiva na produção); apenas se apossa do lucro e acumula a riqueza.

No capitalismo há duas classes fundamentais: a burguesia: a classe dos patrões e donos dos meios de produção e o proletariado: a classe dos trabalhadores, dos assalariados, que têm de vender a sua força de trabalho para obter recursos (como o dinheiro, para trocar por coisas necessárias à sobrevivência) por não terem meios de subsistência e, assim, se obrigam a trabalhar para os que têm.

Ainda temos as subdivisões modernas entre as classes Burguesa (Capitalistas, médios burgueses e baixa burguesia). Os capitalistas compõe a classe que dispõe do capital financeiro em abundância para investir na produção (através de multinacionais) e na especulação e reprodução deste capital especulativo (através de bancos multinacionais e "holdings" que integram empresas de capital especulativo com empresas de capital produtivo). Enquanto os médios burgueses têm um capital insuficiente para pautar políticas dos Estados Capitalistas, mas ainda assim têm uma grande influênciana disseminação da cultura da classe dominante para a classe proletária, pois são tidos como exemplos a serem seguidos e ícones de sucesso muito utilizados por ideólogos capitalistas para incutir a ideia de que a ascensão do trabalhador para uma classe 'superior' é possivel, enquanto as exceções demonstradas pelos ideólogos comprovam a regra do capitalismo necessitar da miséria para se reproduzir como sistema político econômico. Ainda há os pequenos burgueses que sobrevivem do trabalho tendo um pequeno meio de produção ou reprodução, apesar disso frequentemente podem oscilar entre a pequena burguesia e a classe proletária devido as crises cíclicas do capitalismo que são momentos de expropriação aguda da mais-valia e concentração de capital na mão dos Capitalistas.

Outras subdivisões são presentes na classe proletária devido à área na qual eles operam: operários (trabalhadores das fábricas e de centros de distribuição), camponeses (trabalhadores do campo e pequenos proprietáriosde terra), comerciários (trabalhadores do comércio), prestadores de serviço e ainda há os burocratas estatais e privados que trabalham na administração das organizações no capitalismo. Há de salientar, especialmente, os prestadores de serviços conhecidos popularmente como CEO's de MEI (micro empreendedor individual) que nem sempre têm acesso ao registro MEI para suas atividades laborais e são empregados de uma forma na qual são explorados por atravessadores (vide as quarteirizações dos entregadores e motoristas de aplicativos) e grandes e médias empresas de prestação de serviços (como publicidade e propaganda, por exemplo) que são chamadas, literalmente, de agências de publicidade e propaganda que subcontratam "profissionais liberais" por demanda através de MEI, isso quando não se utiliza desta modalidade de contratação para reduzir os custos sobre o pessoal permanente das agência para reduzir custos que resulta num aumento da expropriação da mais-valia.

A burguesia tem posições muito conservadoras e reacionárias porque ela visa manter a sociedade como está, mesmo que a maioria viva em péssimas condições, porque ela tem uma posição de enorme privilégio no sistema capitalista. Ela tem muito dinheiro e poder; costuma ter uma vida de luxo e ostentatória; e normalmente é uma classe imersas em ideologias extremamente individualistas e avarentas, que a tornam insensível em relação ao sofrimento e à má condição dos trabalhadores ou pobres e também hostil a ideias de solidariedade, empatia, programas de ajuda social etc.