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Burguesia: mudanças entre as edições

Da ProleWiki, a enciclopédia proletária
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'''Burguesia''' é a [[classe dominante]] na [[Capitalismo|sociedade capitalista]], a classe dos donos dos [[meios de produção]] (fábricas, fazendas, mineradoras, grandes empresas etc.). O burguês não trabalha, mas se apossa de parte da produção produzida pelos trabalhadores e concentra para si a riqueza, pagando-lhes um valor menor do que produziram com seu trabalho. Este excedente da produção não pago ao trabalhador e apossado pelo burguês é o que [[Karl Marx]] chamou de [[mais-valia]]. Uma característica essencial da burguesia é que ela não trabalha (não faz parte de nenhuma atividade produtiva na produção); apenas se apossa do lucro e acumula a riqueza.
'''Burguesia''' é a [[classe dominante]] na [[Capitalismo|sociedade capitalista]], a [[classe]] dos donos dos [[meios de produção]], como as fábricas, as fazendas, as mineradoras, as grandes empresas, e etc. A burguesia não reproduz suas condições de vida trabalhando, como fazem a [[pequena burguesia]] e o [[proletariado]], pois pode se apossar de parte da produção dos trabalhadores ao pagar-lhes, em salário, um valor menor do que o produzido. Este excedente da produção não pago ao trabalhador e apossado pelo burguês é o que [[Karl Marx]] chamou de [[mais-valia]].


No capitalismo há duas classes fundamentais: a burguesia: a classe dos patrões e donos dos meios de produção e o [[proletariado]]: a classe dos trabalhadores, dos assalariados, que têm de vender a sua força de trabalho para se sustentar por não terem meios de subsistência e, assim, se obrigam a trabalhar para os que têm.
- O [[proletariado|'''proletariado''']], classe dos trabalhadores e assalariados, que têm de vender a sua força de trabalho para sobreviver


Há também subdivisões modernas entre as classes burguesas: grande burguesia (ou apenas burguesia) e médios burgueses. Os burgueses compõem a classe que dispõe do capital financeiro em abundância para investir na produção e na especulação e reprodução deste capital especulativo, como através de bancos multinacionais e "holdings" que integram empresas de capital especulativo com empresas de capital produtivo. A média burguesia tem um capital insuficiente para pautar políticas dos Estados capitalistas, mas ainda assim têm uma grande influência na disseminação da cultura da classe dominante para a classe proletária, pois são tidos como exemplos a serem seguidos e ícones de sucesso muito utilizados por ideólogos capitalistas para incutir a ideia de que a ascensão do trabalhador para outra classe é possivel, enquanto as exceções demonstradas pelos ideólogos comprovam a regra do capitalismo necessitar da miséria para se reproduzir como sistema político econômico.
Os burgueses são, hoje, a única classe organizada internacionalmente. Com isso, conseguem facilmente deslocar seu [[Capital]] entre diferentes países, assim como também são capazes de fazer pressão sobre governos locais, afim de conquistar melhores condições de exploração do proletariado, maximizando seus próprios lucros. A invenção do Capital financeiro permitiu também o fenômeno da especulação, ou seja, a atribuição de valor a empresas, ações e mercadorias com base na expectativa de seus futuros rendimentos. Um exemplo de como a especulação é negativa para o proletariado é a especulação imobiliária, que constantemente valoriza os imóveis além de seu valor de uso, tornando-os inacessíveis para a classe trabalhadora e causando múltiplos problemas de acessibilidade pública.


A burguesia tem posições muito conservadoras e reacionárias porque ela visa manter a sociedade como está, mesmo que a maioria viva em péssimas condições, porque ela tem uma posição de enorme privilégio no sistema capitalista. Ela tem muito dinheiro e poder; costuma ter uma vida de luxo e ostentatória; e normalmente é uma classe imersas em ideologias extremamente individualistas e avarentas, que a tornam insensível em relação ao sofrimento e à má condição dos trabalhadores ou pobres e também hostil a ideias de solidariedade, empatia, programas de ajuda social etc.
Algumas leituras modernas também separam a burguesia em grande burguesia e média burguesia. Nesse entendimento, o que diferencia os dois grupos é a escala da acumulação de Capital, e portanto, o grau de influência política no estado. A grande burguesia é capaz de alocar rapidamente seus investimentos em diferentes países, negando muitas vezes os riscos envolvidos. Também são capazes de comprar e boicotar a média burguesia, fortalecendo seus monopólios. A média burguesia, em contraste, não tem Capital suficiente para pautar as políticas de grandes entidades nacionais ou estaduais, contudo, tem Capital o suficiente para influenciar e muitas vezes dominar completamente pequenos municípios, como é o caso com rádios municipais e famílias importantes no interior do Brasil.
 
A burguesia sustenta e propaga [[Ideologia|ideologias]] conservadoras e reacionárias, como o [[neoliberalismo]], afim de manter a viabilidade do modo de produção capitalista e portanto seu domínio na sociedade. Em momentos de crises política, como as causadas pelas crises cíclicas do modo de produção capitalista, podem também se aliar a elementos [[Oportunismo|oportunistas]] entre os trabalhadores com o objetivo de parar o crescimento de movimentos comunistas, como foi o caso do [[nazismo]] na [[República de Weimar]] ou do [[trabalhismo]] no Brasil.

Edição atual tal como às 03h19min de 9 de fevereiro de 2025

Burguesia é a classe dominante na sociedade capitalista, a classe dos donos dos meios de produção, como as fábricas, as fazendas, as mineradoras, as grandes empresas, e etc. A burguesia não reproduz suas condições de vida trabalhando, como fazem a pequena burguesia e o proletariado, pois pode se apossar de parte da produção dos trabalhadores ao pagar-lhes, em salário, um valor menor do que o produzido. Este excedente da produção não pago ao trabalhador e apossado pelo burguês é o que Karl Marx chamou de mais-valia.

- O proletariado, classe dos trabalhadores e assalariados, que têm de vender a sua força de trabalho para sobreviver

Os burgueses são, hoje, a única classe organizada internacionalmente. Com isso, conseguem facilmente deslocar seu Capital entre diferentes países, assim como também são capazes de fazer pressão sobre governos locais, afim de conquistar melhores condições de exploração do proletariado, maximizando seus próprios lucros. A invenção do Capital financeiro permitiu também o fenômeno da especulação, ou seja, a atribuição de valor a empresas, ações e mercadorias com base na expectativa de seus futuros rendimentos. Um exemplo de como a especulação é negativa para o proletariado é a especulação imobiliária, que constantemente valoriza os imóveis além de seu valor de uso, tornando-os inacessíveis para a classe trabalhadora e causando múltiplos problemas de acessibilidade pública.

Algumas leituras modernas também separam a burguesia em grande burguesia e média burguesia. Nesse entendimento, o que diferencia os dois grupos é a escala da acumulação de Capital, e portanto, o grau de influência política no estado. A grande burguesia é capaz de alocar rapidamente seus investimentos em diferentes países, negando muitas vezes os riscos envolvidos. Também são capazes de comprar e boicotar a média burguesia, fortalecendo seus monopólios. A média burguesia, em contraste, não tem Capital suficiente para pautar as políticas de grandes entidades nacionais ou estaduais, contudo, tem Capital o suficiente para influenciar e muitas vezes dominar completamente pequenos municípios, como é o caso com rádios municipais e famílias importantes no interior do Brasil.

A burguesia sustenta e propaga ideologias conservadoras e reacionárias, como o neoliberalismo, afim de manter a viabilidade do modo de produção capitalista e portanto seu domínio na sociedade. Em momentos de crises política, como as causadas pelas crises cíclicas do modo de produção capitalista, podem também se aliar a elementos oportunistas entre os trabalhadores com o objetivo de parar o crescimento de movimentos comunistas, como foi o caso do nazismo na República de Weimar ou do trabalhismo no Brasil.