Ativa o menu
Alternar menu pessoal
Não autenticado(a)
Your IP address will be publicly visible if you make any edits.

Movimento comunista

Da ProleWiki, a enciclopédia proletária

Esse artigo é sobre a ideologia comunista. Caso não procure por isso, verifique a página de desambiguação: Comunismo (desambiguação)

Introdução[editar | editar código-fonte]

O movimento comunista é um movimento político anticapitalista que luta pelo fim da exploração do homem pelo homem, utilizando a ciência imortal do proletariado, o marxismo, enquanto ferramenta de análise.

O movimento comunista entende que:

  • Toda sociedade humana desde o neolítico é classista, ou seja, separada em classes sociais, definidas pela sua relação com os meios de produção;
  • O sistema econômico dominante no mundo hoje é o capitalismo, em que o proletariado é explorado pela burguesia;
  • O proletariado deve se organizar enquanto classe para fazer uma revolução, que deverá socializar os meios de produção e consequentemente acabar com a exploração do homem pelo homem;
  • Quando o capitalismo for superado no mundo, e todas as pessoas tiverem a mesma relação com os meios de produção, não haverá mais uso para o estado, que definhará. Além disso, a sociedade de classes será finalmente superada.

Além disso, o movimento abriga diversas vertentes. Entre eles:

  • Comunismo de esquerda,
  • Trotskismo,
  • Marxismo-Leninismo,
  • Marxismo-Leninismo-Maoismo,
  • Anarco-comunismo.

Apesar do nome, o eurocomunismo é considerado uma vertente reformista, e portanto, não faz parte do movimento comunista.

História[editar | editar código-fonte]

O movimento comunista surge, no século XIX, enquanto o movimento político que se utiliza do marxismo como seu método de análise. O Marxismo, Em primeira instância, buscava entender, cientificamente, o motivo e os mecanismos pela qual o capitalismo se reproduzia. Seus criadores, Karl Marx e Friederich Engels, partiam da filosofia hegeliana e do materialismo de Ludwig Feuerbach, e portanto compreendiam que ideias não são capazes de mudar a realidade. Com esse entendimento, buscavam criar uma ideologia que servisse como ferramenta para a classe trabalhadora organizada, que com o marxismo, seria capaz de alterar suas próprias condições materiais. O comunismo, o "movimento real dos trabalhadores", se utiliza do marxismo, a "ciência imortal do proletariado", para alcançar hegemonia política.

No contexto de sua criação, o movimento comunista compunha o movimento socialista internacional. No movimento socialista internacional, haviam o que hoje entendemos como anarquistas (como Proudhon), social-democratas (como Ferdinand Lassalle), e comunistas (como Marx e Engels), apesar de que essas distinções não eram ainda tão claras na época pelo movimento ser recente. Com exceção de Marx e Engels, o campo socialista não tinha qualquer ferramenta de análise coeso, buscando apenas tornar a realidade mais próxima de um ideal "justo", e por serem idealistas, Marx os chamou de "socialistas utópicos", em oposição a vertente liderada por Marx e Engels, que buscava a consolidação de um "socialismo científico".

Terminologia[editar | editar código-fonte]

A partir da revolução socialista de outubro de 1917, capitaneada pelos Bolcheviques na Rússia, o comunismo se torna a maior corrente política entre os socialistas revolucionários, e muitos partidos abandonam o termo "socialismo" em prol do termo "comunismo". Exemplo disso é o Partido Socialista dos Trabalhadores do Chile, que após a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1922, foi renomeado para "Partido Comunista do Chile", apesar de buscarem o socialismo através de reformas no capitalismo (o que seria considerado, até 1917, como sendo um "socialismo utópico", ou simplesmente "socialista").

Com o fim da União Soviética, a utilização de "socialismo" e "comunismo" se reverteu a uma situação similar a antes da criação URSS: os revolucionários continuaram a se chamar de comunistas, enquanto reformistas passaram a se chamar de socialistas. No Brasil, assim como em outros países, os Trotskistas abandonaram o termo "comunismo" com o objetivo de se afastar da União Soviética, que era vista como um projeto fracassado. Passaram então a se autoproclamar como socialistas, a exemplo do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).