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Classe social são categorias utilizadas para agrupar setores da sociedade com base em suas relações e interesses. Sociólogos não marxistas comumente usam critérios como riqueza, trabalho ou percepção social para classifica-las.
Na teoria marxista, classes sociais são determinadas pelas relações materiais que as pessoas tem com os meios de produção. A maioria das sociedades, a partir do inicio da história, podem ser separados em duas classes principais: a classe que sobrevive por ser proprietária dos meios de produção, como a nobreza ou a burguesia, e a classe que sobrevive com base em seu próprio trabalho, como o campesinato ou o proletariado. Essas sociedades são chamadas de sociedades de classes.
Uma classe que depende de seu próprio trabalho é, por vezes, chamada de "classe trabalhadora" ou "classe baixa", enquanto que uma classe que depende dos meios de produção para subsistir é chamada de "classe proprietária" ou "classe alta". Frequentemente, a classe alta também é chamada de "elite", ainda que sem rigor teórico.
O conflito entre as classes sociais também da origem ao estado, que é um aparato de dominação de uma classe sobre as demais.
Teoria marxista de classe[editar | editar código-fonte]
Karl Marx considera que toda sociedade é movida por suas necessidades objetivas, chamadas também de necessidades materiais. Entre essas necessidades, as mais fundamentais são a alimentação e a reprodução, pois elas permitem a continuidade histórica da humanidade. Durante o neolítico, período histórico no qual a humanidade dominou a agricultura, as sociedades passaram a ter excedentes de produção, isto é, os trabalhadores foram capazes de gerar para a sociedade mais do que o suficiente para se alimentarem. Esse excedente de produção, chamado na obra Marxiana de "superávit social", ou simplesmente "superávit", permitiu o desenvolvimento de uma classe social ociosa, ou seja, uma classe social que não trabalha. Com isso, a sociedade classista passa a ser composta pela classe "baixa", que efetivamente trabalha e realiza as tarefas necessárias para a subsistência e reprodução da vida, e uma classe "alta", ociosa, que se aproveita do superávit social.
No capitalismo, as duas classes principais são chamadas de burguesia e proletariado; no feudalismo, eram os nobres e os campesinos; na antiguidade, eram os mestres e os escravos. E em todas essas sociedades, há uma característica comum: a transferência de riqueza das classes baixas para as classes altas. Se apresenta então um conflito fundamental de toda sociedade de classes: a classe baixa tem um incentivo para destruir o status-quo, enquanto a classe alta tem um incentivo para reforça-lo. A este fenômeno damos o nome de "luta de classes".
Marx também acreditava que, algum dia, alcançaríamos o fim da luta de classes – com os meios de produção sendo democraticamente controlados por todos, e com a exploração do homem pelo homem tendo sido superada. Essa fase do desenvolvimento social humano foi nomeada por Marx e Engels de comunismo.