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O Estado é um instrumento de opressão de uma classe sobre outra, sendo produto do caráter inconciliável de classes.[1][2] O Estado se materializa em um conjunto de instituições governamentais que controla um determinado território, impondo a sua administração, as suas regras (jurisdição) e é sustentado, principalmente, pelo aparato repressivo (forças militares, polícias etc.), instrumento este que usa da violência ou da ameaça dela para fazer valer as suas vontades.
O socialista, revolucionário, filósofo, escritor e teórico Karl Marx explica que todo Estado moderno se fundamenta basicamente em três pilares:
aparato repressivo: forças militares, polícias, mercenários, tribunais, judiciário etc.
aparato burocrático: parlamento, congresso, políticos, funcionários e instituições governamentais, legislativo e executivo etc.
aparato ideológico: propaganda estatal, religiões, escolas (quando usadas com este propósito) etc.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ “Dado que o Estado surgiu da necessidade de manter os antagonismos de classe sob controle, mas dado que surgiu, ao mesmo tempo, em meio ao conflito dessas classes, ele é, via de regra, Estado da classe mais poderosa, economicamente dominante, que se torna também, por intermédio dele, a classe politicamente dominante e assim adquire novos meios para subjugar e espoliar a classe oprimida”
Friedrich Engels (1884). A origem da família, da propriedade privada e do Estado: 'Barbárie e civilização'. Boitempo. ISBN 9788575596821 [LG] - ↑ “O Estado é o produto e a manifestação do caráter inconciliável das contradições de classe. O Estado surge onde, quando e na medida em que as contradições de classe não podem objetivamente ser conciliadas. E inversamente: a existência do Estado prova que as contradições de classe são inconciliáveis”
Vladimir Lênin (1917). O Estado a revolução: 'A sociedade de classes e o estado'. Boitempo. ISBN 9788575594506 [LG]